Vamos procurar as razões conjunturais para que esta situação se dê no dia a dia.
Qual a característica deste bairro ?
As residências são de grande porte. Os pequenos prédios são quase anomalias, com moradores que fogem completamente ao perfil genuíno da região. A maior parte das casas tem mais de 20 metros de frente. São muitos os prestadores de serviço que entram e saem da região.
Grandes áreas são tomadas por residências. O comércio esta restrito a uma pequena extensão da Avenida Cônsul Antônio Cadar.
Quase ninguém sai a pé
O movimento de pessoas em um bairro proporciona uma certa segurança, pois cada pessoa se constitui em dois olhos nas ruas do bairro. Além disto, o movimento e o entrecruzamento de pessoas e olhares provoca a troca de conhecimento, de informações. Mas neste bairro predomina o individualismo. Todo mundo que mora nas casas sai de carro, e não tem relacionamento NENHUM com vizinhos. Ora, de vizinhos em uma mesma área de contexto não é preciso ter medo nenhum.
Já foram tentadas formas de articulação dos moradores em uma mesma rua, mas o INDIVIDUALISMO ganhou. Ninguém na região quer nem um mínimo acesso à sua vida privada.
Acontece que Belo Horizonte, assim como São Paulo e Rio de Janeiro, se tornou UM GRANDE CONDOMÍNIO. Ouvimos todos os barulhos gerados pelas casas dos vizinhos, começando pelos alarmes residenciais e automotivos.
Pois é, além de ser saudável, andar a pé, dá o retorno social e de segurança e conhecimento mútuo
Empregados
Se pudéssemos dar uma sugestão aos moradores, diríamos que arranjassem seus empregados no interior, gente de confiança, pois as pessoas das "comunidades" tem pactos inconfessáveis com os líderes e com os bandidos. Empregado dá notícia de tudo. Vigias também.
Boletim de Ocorrência
Alguns moradores tem tanto a temer, que não fazem BO juntamente com a Polícia. E espalham que ela não serve para nada, mas o real intuito é esconder o que tem. Devido ao fato de serem abonados, confiam mais em seus apoios de influência política e conhecimentos de autoridades.
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